As atividades da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e Mundial do Poder de Deus foram interditadas em Angola por 60 dias. Os cultos e demais atividades de outras cinco igrejas evangélicas também foram interditadas. Segundo um comunicado enviado à agência Lusa esta é uma resposta a tragédia que resultou na morte de 16 pessoas, por asfixia e esmagamento na virada do ano.
A suspensão das atividades da Igreja Universal é uma das conclusões da Comissão de Inquérito nomeada pelo Presidente José Eduardo dos Santos na capital angolana Luanda. O culto, denominado "Vigília do Dia do Fim", concentrou dezenas de milhares de pessoas que ultrapassaram, em muito, a lotação autorizada do Estádio da Cidadela.
O comunicado anuncia ainda que a Procuradoria Geral da República vai "aprofundar as investigações e a consequente responsabilização civil e criminal".
Propaganda
A comissão concluiu que a Igreja despertou o interesse de tantas pessoas por ter feito a seguinte propaganda : “O Dia do Fim — venha dar um fim a todos os problemas que estão na sua vida; doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação, dívidas, etc. Traga toda a sua família”.
O governo comunicou que essa publicidade está prevista na Lei Geral da Publicidade, nos artigos que tratam das informações falsas susceptíveis de “alarmar o espírito do público”, induzindo-o em erro. O que ocorreu principalmente com doentes em busca de cura.
A Comissão de Inquérito constatou que a Universal, na organização do evento, não se preocupou com a segurança dos fiéis.
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