Muito se fala no meio evangélico que uma das etapas do Apocalipse seria a implantação dos famosos chips, que já teria até o nome de Mondex. Os defensores dessa teoria utilizam-se deste trecho da Bíblia:
"A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis" (Ap 13.16-18).
Sendo assim, conta-se que o tal do Chip Mondex se encaixaria perfeitamente na descrição bíblica acima, e durante muito tempo circulou (e ainda circula) através de correntes por e-mail e agora pelas redes sociais essa "teoria". mas que tal analisarmos melhor os dados dessa informação?
O Mondex realmente existe?

O texto que circula na internet afirma que o suposto chip só poderia ser implantado na testa ou na mão direita. Até onde isso é verdade?

O texto afirma que o chip seria o substituto do cartão magnético. Será essa a única tecnologia futura?

O teólogo e mestre em filosofia Jonas Madureira, afirmou para o site Gospel prime que não há qualquer indício na Bíblia de que os chips, em qualquer forma, sejam a tal “marca da besta” – pelo menos até agora. Acontece que o Apocalipse é um livro confuso até mesmo para os maiores estudiosos dos textos sagrados, cheio de enigmas e metáforas – como referido no início da matéria.
Madureira explica que muito dessa confusão se dá pelas diferentes correntes de estudiosos. “Enquanto um grupo, mais moderno, defende que muito na Bíblia está em forma de metáfora, de simbolismo, outra corrente mais tradicional afirma que tudo deve ser interpretado ao pé da letra”, esclarece o teólogo. Jonas explica que nas décadas de 20 e 30 do século passado, os liberais, que preferem a interpretação metafórica, ganharam destaque. Para contrariá-los, os fundamentalistas, mais tradicionais, defendem a literalidade dos textos bíblicos. Para completar o imbróglio, há também correntes que, embora não sejam liberais, aceitam a interpretação baseada no simbolismo.
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