sábado, 24 de agosto de 2013

Assembleia de Deus - Escândalos revelam disputa por poder, fama e dinheiro

A Mesa Diretora da CGADB sofreu mais uma derrota nos tribunais por sua insistência em não atender ao juízo de primeira instância, que determinara a apresentação da conciliação bancária para estabelecer, entre as diferentes listas de inscritos para a AGO em Brasília, qual delas deveria prevalecer ou se caberia a elaboração de nova listagem, além de sanar possíveis irregularidades. Convém antes lembrar que a decisão da magistrada a quem coube julgar a petição no primeiro grau determinou a entrega imediata de toda a documentação e impôs multa diária no valor de R$ 50.000,00, mas até hoje a administração da CGADB optou por não cumprir a sentença.

A Mesa preferiu, ao invés disso, entrar com agravo na segunda instância, pedindo o efeito suspensivo da medida até que houvesse o trânsito em julgado, mas o Desembargador Leonam Gondim da Cruz Junior, em decisão monocrática, indeferiu a petição. Não conformada, a Mesa entrou com agravo interno para que a petição fosse julgada em sessão da 3ª Câmara Cível Isolada, que, por unanimidade, no dia 6 de junho, sob a presidência da Desembargadora Dahil Paraense de Souza, negou outra vez o pedido do efeito suspensivo, acompanhando o voto do relator. A CGADB sofreu outra derrota.

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Com isso, a Mesa Diretora só tem duas alternativas: recorrer à terceira instância como última tentativa de suspender os efeitos da sentença dada em primeira instância ou entrar com recurso de mérito na instância imediatamente superior com o intuito de mudar a decisão. Mas o fato é que, enquanto não houver o trânsito em julgado, os efeitos da sentença permanecem de pé e o seu não cumprimento implica em desobediência à decisão judicial, com o risco ainda maior de o mérito ser julgado procedente em todos os níveis.

Assim, fica no ar a pergunta de sempre: por que postergar a abertura da conciliação bancária, solicitada desde quando surgiram discrepâncias entre as diferentes listas publicadas? Há alguma coisa tão grave que justifique empregar tantos recursos financeiros com advogados para não informar algo que é de direito de todos os associados da CGADB, enquanto a entidade tem o seu nome no SERASA por conta do não pagamento de contas telefônicas? Com toda a sinceridade, não compreendo os motivos que levam a Mesa Diretora a mostrar-se tão insensível numa área pela qual deveria zelar com toda a transparência. Se não há o que esconder, traga-se tudo às claras. Como está, as suspeições se rosbustecem a cada dia, tornando necessária e urgente a ação saneadora do Conselho Fiscal.

Por falar nisso, soube que o seu presidente, pastor Luiz Cézar Mariano da Silva, teria procurado a secretaria-geral da CGADB para saber se as providências já haviam sido tomadas para o cumprimento da agenda estabelecida ate janeiro, como informei em uma das postagens anteriores. A primeira reunião está prevista para os dias 24 a 28 de junho, dois dias na CGADB e três dias na CPAD. Só que nas gestões anteriores, parece que quem agendava e custeava as despesas era a editora. Mas o "modus operandi" do Conselho Fiscal eleito em abril mudou (para melhor, por sinal) e o secretário-geral da CGADB não teria sabido informar quais procedimentos seriam adotados. Teria de consultar o presidente, ouvindo do pastor Luiz Cézar que era sua a tarefa de convocar os seus pares, enquanto a tarefa de tomar as providências para o cumprimento da agenda era de responsabilidade da CGADB e não da CPAD. 

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